Qual a melhor ração?

O que escolher? A enorme variedade que os donos de animais de estimação têm à sua disposição ao comprar alimentos para seus animais torna difícil, algumas vezes, determinar com precisão que tipo de produto deve ser comprado. Os critérios importantes a serem considerados para a escolha do tipo de produto são: lugar onde o consumidor compra, quantia em dinheiro que ele gostaria de gastar e o nível de conveniência - palatabilidade e digestibilidade desejados. Contanto que o produto ofereça uma nutrição 100% completa e balanceada, a forma e a categoria do alimento são, simplesmente, uma questão de preferência do dono do animal. Dietas Secas A maioria dos alimentos secos para animais de estimação contêm 18% a 27% de proteína, 7% a 15% de gordura, menos de 12% de umidade e 35% a 50% de carboidrato (também expresso como N.F.E. ou extrato isento de nitrogênio). Estas dietas proporcionam entre 3.100 e 4.400 quilocalorias metabolizáveis por kg do produto. Os alimentos secos para gatos contêm 28% ou mais de proteína, 8% a 24% de gordura, menos de 12% de umidade e têm 1.400 a 2.000 quilocalorias metabolizáveis por quilo da dieta. Os alimentos secos comerciais para cães foram introduzidos nos Estados Unidos no final da década de 90 na forma de biscoitos assados feitos com grãos, vegetais e carne misturados. Muitos dos primeiros alimentos para animais de estimação eram coletivamente rotulados como "dietas alimentares para cães e gatos" e pouco se sabia sobre as necessidades de nutrientes individuais dos cães e gatos. Entretanto, quando os nutricionistas de animais começaram a estudar as necessidades nutricionais dos cães e gatos, as necessidades de certos nutrientes particulares foram estabelecidas para cada espécie. Dietas Semi-Úmidas Os alimentos semi-úmidos para cães e gatos contêm, aproximadamente, 16% a 25% de proteína, 5% a 10% de gordura, cerca de 25% a 35% de carboidrato e 30% de água (os níveis de umidade, algumas vezes, chegam até 50%). As dietas semi-úmidas de alta qualidade contêm cerca de 2.650 a 3.000 de quilocalorias metabolizáveis por kg do produto. Geralmente, os alimentos moles-úmidos para cães e gatos são mais palatáveis do que as dietas secas e fáceis de serem armazenados e administrados ao animal. Sua administração ao animal é mais dispendiosa do que a das dietas secas. Categorias dos Alimentos: Standard, Premium e Super- Premium Além de se distinguirem pela sua forma, os alimentos para animais de estimação também se distinguem, de forma mais geral, pelo seu custo, local de compra, densidade de nutrientes (número de calorias por kg) e, em um grau menor, pela palatabilidade e digestibilidade. Produtos super-premium, premium e não-premium/standard podem, todos eles, oferecer nutrição 100% completa e balanceada. Não existe nenhuma definição oficial para estas categorias de alimentos para animais de estimação e as características dos produtos variam de fabricante para fabricante. Em geral, os produtos super-premium tendem a estar no ponto mais alto do espectro quanto às características distintivas, os produtos premium caem no meio da faixa e os produtos não-premium/standard tendem para o ponto mais baixo do espectro em termos de custo e densidade de nutrientes. Os alimentos super-premium são, geralmente, vendidos em lojas especializadas em produtos para animais de estimação e consultórios de veterinários, são caros e, usualmente, têm densidade calórica ou mais calorias por kg de alimento. Os alimentos premium são vendidos, tradicionalmente, em estabelecimentos especializados em produtos para animais de estimação. Estes tipos de produtos têm preços moderados. As lojas de ração, freqüentemente, vendem alimentos para cães e gatos não-premium/standard que são muito baratos. Alguns alimentos para animais de estimação são projetados tendo a palatabilidade como sua característica distintiva. Tais produtos têm, com freqüência, grãos de diferentes tamanhos ou formas e vários sabores. Eles visam os donos interessados em agradar seus animais e oferecer-lhes uma grande variedade. Comparando as Garantias dos Rótulos A diferença em teor de umidade entre os vários tipos de alimentos para animais de estimação afeta a densidade de nutrientes dos produtos ou a quantidade de nutrientes por quilo de alimento. À medida que o teor de água da dieta aumenta, a quantidade de proteína, gordura e outros nutrientes essenciais diminui. Isto significa que o animal deve consumir uma porção maior dos produtos com alto teor de umidade a fim de receber a nutrição que necessita. Esta diferença em teor de umidade também impede uma comparação direta do teor de nutrientes de um tipo de produto com aquele de um outro. Por exemplo, um consumidor não pode comparar o teor de 12% de proteína de um alimento enlatado para cães, com o nível de 21% de proteína de um alimento seco para cães, concluindo que o alimento seco fornecerá mais proteína. O tamanho da porção do alimento enlatado será muito maior devido à maior quantidade de água. Assim, o cão consumirá, na realidade, quantidades semelhantes de proteína com cada produto. Todavia, o consumidor pode fazer uma comparação razoável do teor de 21% de proteína de um alimento seco para cães, com o teor de 30% de proteína de um outro alimento seco para cães, concluindo que o cão receberá mais proteína ao comer o produto com teor mais elevado de proteína. Entretanto, isto não quer dizer que o produto com teor mais alto de proteína seja, necessariamente, superior. Isto dependeria da etapa e estilo de vida do animal de estimação alimentado com o produto. É geralmente aceito que a administração dos alimentos secos aos animais é mais econômica do que as versões moles-úmidas e enlatadas e oferece uma maior facilidade aos donos de animais de estimação. Os produtos secos também têm grãos crocantes que ajudam a reduzir a formação de placa e tártaro nos dentes do animal de estimação. Rações para Atender a Necessidades Especiais Muitos alimentos para animais de estimação são formulados para atender a certas necessidades nutricionais específicas dos cães. Por exemplo, a dietas projetadas especificamente para cãezinhos, usualmente, contêm níveis mais elevados dos nutrientes de que eles precisam durante seu período de rápido crescimento e desenvolvimento. Entre as muitas alternativas, destacam-se ainda as rações terapêuticas, capazes de tratar doenças como cardiopatias, problemas renais e até alergias. "Mas essas rações devem ser recomendadas por um veterinário, pois necessitam de diagnóstico prévio e monitoração do tratamento. Alguns alimentos para animais de estimação são formulados para terem níveis mais elevados de proteína e calorias a fim de proporcionar a energia extra de que os cães precisam quando estão caçando ou trabalhando. Outros alimentos para cães são formulados para terem um teor mais baixo de calorias e gordura de modo a ajudar os cães menos ativos e mais velhos a manterem um peso corporal normal. PROPRIEDADES DE UMA RAÇÃO DE QUALIDADE 1. As fontes de proteína animal Este deve ser sempre o ingrediente a figurar em primeiro lugar no rótulo de uma boa ração. Significa que é o ingrediente presente em maior quantidade. Pode aparecer carne de vaca, ovelha ou mais frequentemente o frango. A ovelha é mais recomendável quando o cão é alérgico. Neste aspecto há que ter atenção se a percentagem apresentada se refere à carne desidratada ou não, caso em que cerca de 60% desse peso será água. Isto significa que este ingrediente em vez de primeiro passa para terceiro ou quarto. Uma outra coisa a ter em conta é se os ingredientes seguintes não são todos derivados do mesmo. Por exemplo, gérmen de trigo, farinha de trigo,…. O trigo passa assim a 1º ingrediente. 2 O arroz Idealmente, este deveria ser o único cereal encontrado numa ração, já que é o único que o aparelho digestivo canino consegue digerir. De qualquer modo, uma ração que tenha como primeiro ingrediente uma proteína animal e como segundo o arroz, será uma boa candidata a uma ração de qualidade. 3 O milho O milho, embora inferior ao arroz, é o cereal "menos mau"entre todos os outros. Consegue ser digerido uma vez que sofre um pré-processamento de modo a tornar os seus nutrientes acessíveis. É utilizado geralmente por se tratar de uma fonte de proteínas barata e por essa razão, uma boa ração terá que complementar a sua utilização com outras fontes proteicas de valor nutritivo superior, uma vez que o milho não contém todos os aminoácidos necessários. No caso de cães com problemas comportamentais de agressividade, as rações baseadas em milho devem ser de todo evitadas. As que são feitas de milho fermentam no intestino do animal, produzindo dejetos em grande quantidade e com odor forte. Aumentam a quantidade de fezes. Prefira rações que contém extrato de Iuca. Absorvido de plantas medicinais, ele é capaz de reduzir em até 80% o volume e o odor das fezes caninas. 4 Ingredientes a evitar Estes incluem todos os ingredientes que a partir do momento que se encontrem num rótulo, essa ração deve ser liminarmente rejeitada. O pior e mais assustador de todos são os sub-produtos animais, pois pode conter animais eutanasiados ou apanhados nas estradas mortos, para já não falar de penas ou bicos, sem qualquer valor nutritivo. Relativamente aos cereais devem ser excluídos todos os que não foram referidos anteriormente, tais como o trigo ou a soja, sendo esta última de todo indesejável. Devem evitar-se ainda os aditivos, que não servem para mais do que atrair os donos menos prevenidos. Os corantes são os casos mais complicados, pois são prejudicias. Muitos donos acham que estão dando cenoura e verdura porque a ração tem croquetes laranja e verdes. Qualquer aditivo será muito específico para cada cão e por isso deve ser adicionados em casa, já que o que é benéfico para uns, noutros poderá inclusive provocar alergias. São exemplo de aditivos a glucasamina, a iúca, probióticos ou óleos. Também deve evitar rações que contém SAL na sua formulação. Uma coisa é certa: uma ração MUITO barata não será em nenhum caso uma ração de qualidade.