O Blog responde !!!
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Quais são as principais causas dos aumentos dos números de casos de leishmaniose em humanos?
Embora apresente baixa mortalidade, a Leishmaniose Visceral apresenta alta morbidade, intensificando ainda mais sua associação as desigualdades sociais, já que reduz drasticamente a qualidade de vida dos infectados. Entre as principais causas do aumento da incidência, temos: a devastação das florestas e aumento da população, falta de saneamento e higiene, bem como imunossupressão e desnutrição, que implicam na maior suscetibilidade do hospedeiro. Isto é, esses fatores também estão relacionados ao aumento da doença nos cães, sendo esses vítimas e não geradores primário dela.
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Existe tratamento para Leishmaniose canina?
Sim. Vários médicos veterinários respeitados no país têm obtido bons resultados no tratamento da Leishmaniose. Com compromisso financeiro e tempo dos proprietários os cães reagem bem ao tratamento e voltam a ter vida normal e saudável. Se houver interesse, informe-se no blog sobre jurisdição para tratar e como proceder. Procure médico veterinário que conheça a doença e se informe.
- Quais as drogas que são usadas no tratamento e porque há tanta polêmica quanto ao seu uso?
O arsenal terapêutico disponível para tratamento da Leishmaníase é bastante precário existindo, até o presente momento, dois grupos de medicamentos em uso: os antimoniais e os não-antimoniais. Os antimoniais, embora sejam os fármacos de primeira escolha, apresentam eficácia limitada e algumas vezes significante toxicidade e efeitos adversos. O mecanismo de ação de antimoniais pentavalentes no combate a Leishmania é ainda controverso e pouco compreendido e no Brasil, uma portaria instaurada, de caráter duvidoso e sem valor de lei proibiu o tratamento da leishmaniose em cães com o uso dessas drogas, e como se não bastasse, o uso de drogas importadas de outras classes. Mesmo assim, o tratamento existe, é legal e pode ser levado à justiça caso o proprietário do animal encontre empecilhos. Mas vários protocolos instalados têm mostrado eficaz, mesmo sem a utilização dessas drogas.
- Quais as abordagens recentes no estudo de novas drogas?
A diferenciação das espécies de Leishmania tem sido um desafio para muitos pesquisadores. A integração dos estudos de biologia molecular e genética evolutiva aplicados nas áreas de diagnóstico, tipagem de cepas, identificação de espécies, patogenicidade, variação antigênica, resistência à drogas e vacinas, e especificidade a hospedeiros e vetores é na verdade uma abordagem mais recente.
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Se eu não tenho condições de tratar o animal ou se o tratamento não for indicado, o que posso fazer?
Honre o compromisso de cuidar dele e protegê-lo do sofrimento. Converse com seu veterinário para que uma eutanásia de fato seja realizada. Não deixe que seja levado, cheio de estresse e medo, junto com outros cães, pela “carrocinha”. Não temos a certeza de que a matança lá realizada seja de fato livre de estresse, indolor, precedida por anestésico e individual. Se não puder assumir o compromisso, antes de proceder a eutanásia, procure alguém que possa adotar o tratamento. Esse modelo de apadrinhamento dos tratamento já tem sido relatados em várias cidades. Tente ao máximo em favor da vida!
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