segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Donos burlam lei para tratar cachorros com leishmaniose

 

Eles resistem a entregar animais para eutanásia.

 

O aumento de casos de cães com leishmaniose em centros urbanos veio acompanhado de um movimento silencioso, consistente e ilegal: a busca por tratamentos ensinados clandestinamente por veterinários e proibidos pelo governo. Donos que resistem a entregar seus cães para eutanásia encomendam medicamentos do exterior, internam os animais e até contratam advogados para defendê-los.

"Ingressamos na clandestinidade, fazemos contrabando. É fora da lei, mas nunca me perdoaria de entregar meus animais antes mesmo de fazer uma tentativa de tratamento", afirma um publicitário de Brasília.

De acordo com AMARAL (2009), existem alguns trabalhos científicos comprovando a redução da carga parasitária (números de Leishmanias circulantes) no organismo, ocorrendo, portanto, a regressão das manifestações clínicas após a realização do tratamento.

O tratamento da leishmaniose nos animais resulta numa melhora clínica temporária e numa diminuição dos títulos de anticorpos anti-Leishmania, porém, este tratamento não previne uma recorrência das manifestações clínicas e não impede que o cão se mantenha infectante para o vetor, ou seja, ele ainda funciona como um reservatório, podendo, potencialmente transmitir a doença. (BANETH, 2002).

 

Muitos donos de animais fazem o tratamento sobre autorização judicial, e ele poderá ser realizado, sendo de extrema importância o acompanhamento do animal pelo médico veterinário, para que este realize um controle clínico, sorológico e bioquímico a cada três meses (RIBEIRO, 2001). O custo do tratamento dependerá do tipo de protocolo, variando de 600 e 2000 reais (SIRTOLI, 2009).

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