quinta-feira, 11 de junho de 2009

Leishmaniose: Políticas brasileiras absurdas

De acordo com o Ministério da Saúde, desde 1963, cães que apresentem exames soropositivos para leishmaniose visceral canina devem ser sacrificados. A leishmaniose é uma doença que existe em outros locais do mundo, como Europa e Estados Unidos, e o Brasil é o único país em que o sacrifício dos animais é obrigatório. "Na Espanha, onde a doença também é endêmica na variação canina, existem medicamentos e até ração desenvolvidos especificamente para os cães doentes, e o dono tem o direito de decidir se trata ou não o animal", diz o veterinário Fábio dos Santos Nogueira, que fez seu doutorado sobre a doença e não acredita que a eutanásia resolva o problema. Para ser transmitida de um cão para outro ou para humanos, é preciso que o animal infectado seja picado pelo mosquito-palha, transmissor da doença. "Desde 97, foram sacrificados mais de 13 mil cães na região de Araçatuba e a doença não foi controlada. Quem gosta de cachorro substitui o cão sacrificado por outro, que fatalmente será infectado pelos mesmos mosquitos, e continuará o ciclo", explica Fábio.
O Dr. André Luis Soares da Fonseca, professor de Imunologia da UFMS ", também reafirma "A Leishmaniose Visceral Canina tem tratamento. O Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina pode ser feito utilizando diferentes drogas. As drogas para o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina são muito baratas e podem ser, inclusive, manipuladas em farmácias. O tratamento da Leishmaniose Visceral Canina exige compromisso tanto do Médico Veterinário como do proprietário. O tratamento da Leishmaniose Visceral Canina não é proibido. O que está proibido no Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é o uso de Medicamentos da linha humana, mas mesmo esta proibição de uso de Medicamentos para o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina está sendo questionada judicialmente pois uma Portaria Ministerial não tem competência legal para proibir um tratamento de Leishmaniose Visceral Canina. Somente a Lei, em sentido estrito, pode impedir o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina". O tratamento exige compromisso do proprietário, mas é um direito de escolha do mesmo querer tratar seu animal.

Existem inúmeras pesquisas que comprovam , tanto no Brasil como no exterior, em que animais tratados, não transmitem a doença, eles apenas portam não colocando em risco a vida humana. A eutanásia de forma indiscriminada não contribui para a diminuição da doença, muito pelo contrário , milhares de cães são sacrificados todos os anos e a doença vem aumentando assustadoramente.

As drogas usadas para o tratamento do cão, não são as mesmas usadas pelo governo no tratamento em humanos. No Brasil há uns dez anos é feito o tratamento, é uma minoria que assume este compromisso, por amor ao seu companheiro. As medidas adotadas pelo governo como controle da Leishmaniose Visceral Canina devem ser revistas, uma vez que os resultados desejados não estão sendo almejados, e agora com a proibição do tratamento, o governo não reconhece e desrespeita o trabalho do médico veterinário no direito de exercer a sua profissão!



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