sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Incansável informe sobre Leishmaniose

 

Leishmaniose canina


O que é ? Como se transmite ?


A Leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida pela picada de mosquitos conhecido por diversos nomes, dependendo da região no Brasil, por isso você pode ouvir apelidos como mosquito-palha, cangalinha, birigui, asa-dura, etc. É muito importante que você saiba que o mosquito é um vetor, ou seja, ele se contamina por protozoários do gênero Leishmania ao se alimentar do sangue de  roedores, carnívoros, marsupiais, endentados, insetívoros, e secundariamente de cães e seres humanos. Os mosquitos são pequenos, medindo cerca de 2 mm, de hábito peridoméstico e intradomiciliar e seu criadouro é feito na matéria orgânica úmida. 

Os cães são conhecidos como hospedeiros da doença, pois o sistema imunológico (defesa) do animal, em geral, não possui suporte suficiente para lutar contra a infecção.  Ressaltamos que nem todos os cães desenvolvem a doença e o parasitismo de pele. As pesquisas mostram que cães mantidos sobre o tratamento tem transmissão reduzida, visto que a carga de parasitas contidos no tecido é menor. Concluindo, nem todo cão portador do parasita é transmissor!

A Leishmaniose é conhecida como uma zoonose, porque pode ser transmitido ao homem, também pela picada do mosquito. Assim como o caso de cão, observa-se que o grupo normalmente afetado pertence a indivíduos que possuem um sistema imunitário insuficiente (idosos, crianças, pessoas com antecedentes de deficiência imunitária, etc).


Sintomas no cão


Ao ser picado por mosquito contaminado, a doença poderá ou não se manifestar. O cão pode entrar em contato com o parasita e ser portador dele, mantendo-se assintomático. Os animais afetados podem apresentar um ou mais dos seguintes sintomas, que embora sejam listados, são gerais, porque pertencem também a outras infecções comuns e por isso, nem sempre a presença deles é significativo para diagnóstico. Os sintomas podem ser:

- Perda de peso e/ou falta de apetite

- Apatia e debilidade

- Seborreia, feridas que não cicatrizam

- Crescimento rápido das unhas

- Podem ocorrer diarréias persistentes,

- Conjuntivites e lesões de córnea

- Anemia e inchaço dos gânglios

- Insuficiência renal (bebem muita água e muita micção)

- Vômitos

- Hemorragias nasais

- Queda de pêlos na face e principalmente ao redor dos olhos

TRATAMENTO

Logo que a doença é diagnosticada deve procurar a possibilidade de tratamento. Fala-se em possibilidade, somente porque o cão precisa ter condições de saúde para ser tratado, além da condição do proprietário. Previamente fazem-se exames que avaliarão o estado clínico do animal em questão e a sua capacidade de reagir ao tratamento. O tratamento é selecionado consoante o resultado das análises.
Os planos de tratamento dependem muito do médico veterinário, mas em geral consiste em: (1) medicamentos via oral ou aplicação de injeções diárias de um princípio ativo que destrói o parasita; (2) fármacos que estimulam o sistema imune do cão; (3) fármacos que impedem a  multiplicação dos parasitas; etc.

Os animais devem permanecer sob rigorosa supervisão para evitar recaídas, por isso é necessário retorno ao médico veterinário a cada 3 meses. Uma observação importante aqui é que muitos dos proprietários quando chegam a fase final do tratamento – manutenção -, ao verem o animal melhor (em geral remissão dos sintomas clínicos) abandonam o uso das drogas e/ou não seguem rigorosamente as prescrições e horários das drogas. Nestes casos, os animais têm fortes recaídas, e em alguns casos, já não é possível fazer mais nada. Por isso o tratamento é antes de mais nada um compromisso para o resto da vida do animal. Se não tem o interesse e condições para tratamento, não se arrisque fazendo tratamento caseiros utilizando métodos do Dr. Google!

Cuidados durante e após tratamento

As fêmeas devem ser esterilizadas porque durante o cio as suas defesas imunitárias diminuem, podendo gerar fortes recaídas. Deve-se manter o ambiente limpo e higienizado, os animais desparisitados (vermes, carrapatos e pulgas). Todos os cuidados gerais de saúde devem ser obrigatoriamente rigorosos para que o animal não fique com sistema imunológico enfraquecido.

Jamais abandone o tratamento por conta própria, pois o animal pode torna-se transmissor da doença além de poder  ir a óbito.

Prevenção

Após realizar diagnóstico da doença, é extremamente importante a vacinação, mas não somente ela é 100% eficaz.  Faça uso de produtos repelententes de insetos – Scalibor®, Pulvex®, Advantage max®, Cipermetrina pour on, citronela, óleo de neem, inseticidas para o ambiente, etc. Escolha produtos que além de inseticidas, auxiliam no controle de carrapatos e pulgas.
- Evitar os passeios em zonas de rios, matas, terrenos a céu aberto, sobretudo ao romper da manhã e ao fim do dia,
- Assegurar um bom estado de saúde do animal, para manter um bom sistema imunitário – boa alimentação, vacinação e desparasitação regular.

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