domingo, 25 de outubro de 2009

Estudiosos em LVC

 

 

Eminente especialista compartilha conosco suas décadas de experiência: Professor Robert Killick-Kendrick, honorário pesquisador de Londres. O Dr. Robert é um parasitologista líder especializado durante muitos anos na doença. Ele traça uma história das tentativas de controlá-lo e colocar questões sobre os esforços em curso.

Alguns de seus apontamentos são:

1. Pouco se conhece sobre os flebótomos - comparados aos mosquitos, pouco se conhece a respeito da biologia dos flebótomos. A maioria das informações disponível é oriunda de observações laboratoriais e não de campo.

2. A atividade dos flebótomos ocorre principalmente no crepúsculo ou ao anoitecer, provavelmente devido à queda de temperatura e aumento da umidade. Esta atividade atinge seu pico máximo entre as 21:00 e 23:00 horas. Após as 23:00 horas o número de flebótomos diminui até desaparecer quase totalmente entre as 5:00 e 6:00 horas da manhã. Durante o dia eles procuram locais frios e úmidos para descansarem, como paredes, abrigos para animais, rochas, etc

3. Em um estudo realizado no vilarejo de Naura-Kwar, Índia, constatou-se a ocorrência de caso de leishmaniose tegumentar em bovinos, confirmado por pesquisadores da Escola de Medicina Tropical de Calcutá. Este trabalho sugere ainda que o mais provável reservatório da leishmaniose visceral na Índia é o boi, pois nenhum cão foi encontrado infectado na região estudada. O estudo refere que o vetor Phlebótomos argentipes, alimenta-se tanto de bovinos quanto de humanos, porém preferem os bovinos. Estes animais freqüentemente são picados por flebótomos infectados com L. donovani, porém não há nada confirmado a respeito da suscetibilidade deles a esta infecção.

4. A fim de resolver o problema da LV, novas medidas de controle, principalmente em relação ao cão vêm sendo pesquisadas. Em 1997, KILLICK-KENDRICK et al. na França relataram a existência de uma coleira impregnada com inseticida piretróide, que conseguiu proteger os cães contra 96% das picadas do Phlebotomus pernicious por um período de até oito meses. Esta mesma coleira foi utilizada por pesquisadores no Ceará, Brasil, obtendo resultados bastante satisfatórios, tanto ao repelir o inseto quanto ao matá-lo (DAVID et al. 2001). Deste modo, a utilização destas coleiras seria uma maneira mais efetiva e simples de controlar a LV além de ser mais bem aceita pelos donos de cães em áreas endêmicas. Outra alternativa seria o tratamento dos cães doentes, fato que já vem ocorrendo em alguns países da Europa.

 

Alguns de seus artigos publicados podem ser lidos na íntegra aqui:

1. Detection of Amastigote-like Forms in the Valve of Phlebotomus papatasi Infected with Leishmania major

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