sexta-feira, 12 de junho de 2009

Leishhhhhh o que ????

O que é Leishmaniose?
É uma doença causada por um protozoário chamado Leishmania, que é transmitido pela picada de um inseto chamado flebótomo (popularmente conhecido como mosquito-palha). É o mosquito que transmite a doença de um animal para outro. É uma doença que afeta principalmente cães (mas também animais silvestres e urbanos, como ratos) e humanos (principalmente crianças com desnutrição, idosos imunosuprimidos e , atualmente, pessoas com AIDS). Não se pega Leishmaniose de cães ou outros animais, só pela picada do mosquito.

Quais são os sintomas da Leishmaniose nos cães?
São muito variáveis. O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, úlceras nos olhos e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como o crescimento de fígado e outras alterações. Porém, alguns destes sintomas são comuns a OUTRAS doenças bem menos graves e bem mais comuns como a sarna e a erlichiose (doença do carrrapato). Por isso, um cão que está magro e sem pelo, ou que perde peso e fica fraco, não está necessariamente com Leishmaniose!! O diagnóstico preciso só pode ser feito por médico veterinário, que combina exames de sangue e clínicos para chegar a uma conclusão. Muitos animais têm sido abandonados só porque aparentam estar doentes e isso, além de cruel, é péssimo para o controle da doença. O primeiro passo é a prevenção!

Como se pode prevenir a picada do mosquito?
O mosquito-palha gosta de matéria orgânica (lixo, folhagem úmida, restos de comida ou jardim) e de escuro. Limpe bem o arredor da sua casa e não deixe acumular restos de comida, folhagem, fezes de animais, etc. O mosquito, que salta como uma pulguinha e pousa de asas abertas, é mais ativo ao entardecer e à noite. Por isso, é importante usar telas e redes nos locais de dormir de pessoas e seus cães, trazê-los para dentro de casa ou canis telados à noite e usar e coleiras ou líquidos repelentes nos cães. Os produtos disponíveis no mercado que protegem contra a picada do mosquito são: Coleira Scalibor Pulvex pour-on Advantage Max 3. Há ainda a opção de se usar o produto mais barato, Cyperpour-on (Já publicado neste Blog), principalmente para quem tem muitos cães, no pelo, e não na pele, de acordo com o protocolo sugerido pelo Professor Dr. André Fonseca. A coleira, em particular, além de repelir o inseto, causa a morte daqueles que picam, portanto, é uma importante arma contra a doença. Banhos com sabão diminuem a eficácia dos produtos, porque eles dependem da oleosidade na pele do animal para funcionarem: diminua os banhos, substitua os banhos por escovadas e/ou use nenhum ou menos sabão. Tome cuidado especial entre banhos! Plantar citronella e Neem no entorno da casa também é útil para repelir os insetos. Cobre do Governo o recolhimento pronto do lixo, e o controle sanitário de lixões. Enquanto tivermos áreas com lixões e “lixinhos”a céu aberto, o mosquito estará sendo “convidado” a ficar entre nós!

Existe vacina para cães?
Sim, a Leishmaniose pode ser prevenida no cães pelo uso da vacina Leishmune, felizmente já disponível em clínicas veterinárias no Brasil inteiro. Estudos demonstram que a vacina protege entre 90-95% dos cães da Leishmaniose. Outros apontam que há diminuição da transmissão da Leishmaniose após a vacinação, o que é importante para o controle da doença. Ainda discute-se muito sobre a vacina. O Ministério da Saúde ainda não reconhece o seu valor. O que é uma pena. Novamente vimos aqui o descaso e o atraso do Órgão. Principalmente quando prevê, que mesmo cães vacinados deverão ser submetidos à eutanásia, pois o exame sorológico após a vacinação indica positivo. No entanto, há como diferenciar a doença da vacina!

Como é administrada a vacina?
Primeiro realiza-se um exame clínico e um exame laboratorial ( sorológico) para detectar que o cão não está soropositivo antes de ser vacinado. Depois o cão recebe três doses sucessivas da vacina, com 21 dias de intervalo entre cada uma. Caso venha a ser testado depois e aprensentar exame positivo ( porque ao ser vacinado ele desenvolve anticorpos contra a Leishmania), o laudo anterior e a vacinação são apresentados para mostrar que a reação é devido à vacina e não à doença. Mesmo o cão vacinado deve usar repelente!!!

Ouvi dizer que a vacina é ineficaz, deixa o animal soropositivo e que o Ministério da Saúde não a autorizou. Ao ser vacinado, o animal não se torna um transmissor da doença para o mosquito-palha?

Nenhum animal (ou humano) contrai uma doença ao ser vacinado! Ao contrário, a vacina é mais uma proteção. Ela estimula uma reação de defesa do organismo contra o agente causador da doença. A vacina contra a Leishmaniose oferece alto índice de proteção – 80% a 95 %. Para se ter uma idéia, a vacina anti-rábica canina distribuída pela campanha do GDF oferece até 40 % de proteção e a vacina humana contra póliomelite oferece entre 13 % e 50%. Se o seu cão for vacinado, guarde os exames (negativos) feitos antes da vacina e o comprovante de vacinação. Ao receber os agentes de saúde, mostre estes documentos. Isso mostra que você está tomando as precauções devidas para combater a doença. Esta precaução tem sido respeitada pelos agentes no Lago Norte. O registro de vacinas de uso animal é realizado apenas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e não pelo Ministério da Saúde (MS). O que o MS não recomenda (ainda) é o uso da vacina canina como medida de controle da leishmaniose visceral humana.





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