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R: Em virtude das características epidemiológicas e do conhecimento ainda insuficiente sobre os vários elementos que compõem a cadeia de transmissão da LV no Brasil, associado a questões de ordem operacional, as estratégias de controle desta endemia têm se mostrado pouco efetivas. As estratégias hoje, contidas no manual do Ministério da Saúde são:
- Diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos,
- Redução da população de flebotomíneos vetores,
- Eliminação dos reservatórios domésticos (cães),
- Atividades de educação em saúde.
Portanto, em resumo, os principais fatores relacionados ao insucesso das medidas de controle da LV seriam:
- a falta de padronização dos métodos de diagnóstico da infecção humana e canina;
- a discordância entre os estudos que avaliam o impacto da eliminação de cães soropositivos na prevalência da infecção humana; a demonstração de que outros reservatórios poderiam ser fontes de infecção de L. chagasi, como os canídeos silvestres e os marsupiais;
- a escassez de estudos sobre o impacto das ações de controle dirigidas contra os vetores;
- as leis e portarias que proíbem as movimentações referentes a pesquisas sobre tratamento, o descaso do Governo com o papel dos animais para os humanos, as arbritariedades e denúncias dos agentes e CCZ´s, etc.
- o uso de vacinas profiláticas, quer seja para uso animal, quer seja para uso humano, como ferramenta para substituir o sacrifício dos cães portadores de L. chagasi e diminuir a incidência de LVH;
- o uso de coleiras impregnadas com repelentes a base de deltametrina ou formulações tópicas a base de permetrina;
- medidas de vigilância sanitária e ambiental, planejamento urbano voltado para a definição de áreas de ocupação, levando em consideração a possibilidade de transmissão da leishmaniose,
- a introdução de um programa de educação em saúde voltada para a posse responsável do cão, visando o envolvimento da população, bem como o envolvimento da academia com o serviço público no sentido do aprofundamento dos estudos objetivando definir o papel do cão na cadeia de transmissão;
- controle de natalidade de animais errantes e domésticos, como programas de esterilização/castração;
- Na Europa, autores têm demonstrado a eficácia do tratamento da LVC na redução da prevalência da doença canina em regiões onde ele é utilizado como forma de controle, e até neutralização da capacidade infectante de cães tratados, por meio de exames imunohistoquímicos da pele e xenodiagnósticos negativos
WERNECK,G.L.; et al.Avaliação da efetividade das estratégias de controle da Leishmaniose Visceral na cidade de Teresina,Estado do Piauí,Brasil:resultados do inquérito inicial-2004.
AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania (Leishmania) chagasi (CUNHA & CHAGAS, 1937), SUBMETIDOS A UM PROTOCOLO TERAPÊUTICO EM CLÍNICA VETERINÁRIA DE BELO HORIZONTE.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de vigilância em saúde. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral.
MIRÓ, G.; GÁLVEZ, R.; MATEO, M.; MONTOYA, A.; DESCALZO, M. A.; MOLINA, R. Evaluation of the efficacy of a topically administered combination of imidacloprid and permethrin against Phlebotomus perniciosus in dog. Vet. Parasitol., 2006.
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