quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tire suas dúvidas sobre a Leishmaniose canina e os seus direitos! Parte II

O Blog Compartilha: Excelente material elaborado pelo Proanima.

Existe tratamento para Leishmaniose canina?

SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM.
Vários médicos veterinários respeitados no país , como o Dr Vítor Márcio Ribeiro da ANCLIVEPA de MG, o Dr André Fonseca, da Univerisdade do Mato Grosso do Sul, o Dr. Leonardo Maciel de Belo Horizonte, e outros profissionais afora, têm obtido bons resultados no tratamento da Leishmaniose. O tratamento requer compromisso financeiro (ao contrário de muitas informações, o custo não é elevado) e de tempo do proprietário e nem todos os cães reagem da mesma forma. Mas muitos cães já foram tratados e voltaram a ser saudáveis. A jusrisprudência para o tratamento foi estabelecido em MG. Procure um veterinário que conheça a doença e saiba como proceder o tratamento.
* NOTA: Uma Portaria conjunta do Ministério da Saúde e MAPA foi expedida probindo o tratamento da Leishmaniose. O Minsitério Público Federal instaurou inquérito administrativo para apurar ilegalidades na portaria e emitiu recomendação para que esta fosse revogada. Além disso, a organização do Mato Grosso do Sul Abrigo dos Bichos ingressou com uma Ação Civil Pública para garantir o direito de tratamento. E ganharam !!!!

Se um animal infectado é tratado, corre o risco de ser picado pelo mosquito e transmitir para outros cães?

Da mesma forma que pessoas infectadase outros animais, um mosquito pode picar um animal em tratamento e se infectar. Mas isso é evitável tomando-se as precauções já listadas. Por isso é importante que todos os cães- infectados ou não- usem repelentes para evitar a picadas de mosquitos e em todas as casas deve-se tomar medidas para eliminar focos do mosquito palha. Além disso, à medida em que é tratado, a capacidade de infectar os mosquitos diminui, mesmo que não seja totalmente eliminada (estudos são inconclusivos a respeito). Um cão em tratatamento , seguindo as orientações veterinárias para que não seja picado, não é ameaça à saúde pública.

Se eu não tenho condições de tratar o animal ou se o tratamento não for indicado, o que posso fazer?

Honre o compromisso de cuidar dele e protegê-lo do sofrimento. Converse com seu veterinário para que uma eutanásia de fato seja realizada. Não deixe que seja levado, cheio de estresse e medo, junto com outros cães, pelo Centro de Zoonoses. Não temos a certeza de que a eutanásia lá realizada seja de fato livre de estresse, indolor, precedida por anestésico e individual. Mas lembre-se, consulte profissionais que honrem com o compromisso assumido de cuidar dos animais. Vimos muitos médicos veterinários desinteressados no assunto que indicam a eutanásia como única forma. Por isso, se informe com profissionais que realizam "de fato" tratamentos. Você já tem nomes de profissionais que estudam e atendem em Hospital e Clínicas. Converse com eles para indicar alguém na sua cidade!

Mas a matança dos cães soropositios não é a única forma de combater a doença?

NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO. A Leishmaniose é doença complexa e o combate pela matança de cães tem sido a medida mais comum NO BRASIL, porém a menos eficaz.O combate à Leishmaniose requer um olhar integrado, que vá à raiz das questões, o que envolve planejamento urbano, manejo do lixo , combate ao mosquito, controle populacional de cães por esterilização e , importantíssimo, a promoção da saúde e nutrição da população mais excluída. Nada disso é tratado ao se matar cães—e a doença segue em proliferação. Inúmeros estudos e informes técnicos, inclusive da Organização Mundial de Saúde, questionam o fracasso do modelo atual:- a doença (na cidade) tem raízes no desquilíbrio ecológico causado pela expansão urbana sem planejamento. Na medida em que ocorre desmatamento, o ciclo silvestre da doença é interrompido e cães e humanos passam a ser contaminados. Aliás, o mesmo tem ocorrido com a hantavirose, a dengue, e a febre amarela. -inúmeros outros animais estão envolvidos no ciclo da doença: ratos, gambás, e até gatos. Os frangos também estão sendo investigados como parte do ciclo. Não é factível realizar o controle testando-se e matando-se todos estes animais! Ao se matar um cão, é frequente a “reposição”dos cães muitas vezes por filhotes, que em geral são mais suscetíveis ainda à contaminação. Há uma mobilidade muito grande de pessoas e seus cães pela cidade, o que impossibilita um “controle” total; muito mais eficaz é o controle do vetor. O alarmismo causado ao se culpabilizar os cães tem levado a taxas maiores de abandono destes, levando a uma população maior de cães errantes e imunodeprimidos que podem ser alvo da doença. -Os cães são considerados por muitas pessoas como parte integrante da família e a matança destes é extremante traumática, principalmente para crianças. Ignorar o importante vínculo entre animais e suas pessoas é apostar na não colaboração da população, algo que é fundamental na saúde pública. Medidas testadas e aprovadas como a distribuição de coleiras , telas e mosquiteiros com inseticidas e educação ambiental têm naturalmente maiores chances de serem adotadas pela população. Portanto, o que se aponta na maior parte dos estudos é a importância de se repensar a estratégia falida de eutanásia de cães e partir para o controle do vetor ( mosquito), controle do ambiente (lixo orgânico), repensar políticas desordenadas de expansão urbana, diminuir a população de cães errantes por meio de campanhas de esterilização e de guarda responsável, melhorar o status nutricional e imunológico da população humana e investimento em estudos do tratamento e prevenção da doença em humanos e animais. Não é justo que cães paguem com a vida por erros humanos! O Programa brasileiro de controle de Leishmaniose é baseado em três principais medidas de controle: diagnósticos e tratamento precoce de casos humanos; triagem imunológica e matança de cães soropositivos e borrifação de inseticidas contra o flebótmoos . Estas medidas de controle permancem inalteradas desde os anos 40 e não conseguiram reduzir a incidência de casos humanos a um nível aceitável. Na verdade a prevalência de casos de Leishmaniose visceral aumentou e a doença tornou-se um problema sério de saúde pública em vários estados brasileiros e a Organização Mundial de Saúde afirma, em www.who.int/tdr/diseases/leish/files/direction.pdf, que a matança de cães é “questionável”.

Defenda a idéia de uma nova política de combate à Leishmaniose!

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