domingo, 23 de agosto de 2009

A Dieta nutricional na leishmaniose e os alimentos proibidos a qualquer cãozinho

 

Os animais acometidos por leishmaniose visceral podem apresentar anemia, emaciação (perda de massa muscular e de gordura; extremo emagrecimento), alterações dermatológicas, onicogrifose (crescimento exagerado das unhas), pneumonia, miocardite (inflamação miocárdio), distúrbios locomotores, diáteses hemorrágicas (tendência à hemorragia em múltiplos tecidos) e alterações oculares. Iremos discutir algumas dessas alterações abaixo:

1) Lesões na pele

As lesões ocorrem na pele, e em órgãos viscerais, quase todos os cães apresentam lesões cutâneas. Os padrões dermatológicos são dermatite esfoliativa (descamassões generalizadas) acompanhada de alopecia, ulcerações, onicogripose, formação de pústulas e nódulos estéreis, paroníquia, hiperqueratose e despigmentação do focinho e coxins plantares, descamação e alopecia focais das pinas, focinhos e região periocular, placas eritematosas, eritema difuso, e pelagem sem brilho e quebradiça. A pele é atingida, pois o parasita tem ação direta sobre folículo piloso e por um distúrbio de metabolismo do ácido pantatênico, decorrente de lesões hepáticas, ou  ainda por deposição de imunocomplexos na pele, induzindo a um processo auto-imune, desencadeando alopecia.

2) Alterações laboratoriais inespecíficas*

Obtidas através de Hemograma, perfil bioquímico, proteinograma, provas de função renal e hepática

Diminuição na relação albumina/globulina

A relação normal é igual a 1

Aumento monócitos (monocitose)

Aumento do número de monócitos no sangue justificada pela patogenia da doença que provoca hipocelularidade a nível de medula óssea

Aumento linfócitos (linfocitose)

Linfocitose é um aumento do número de de linfócitos no sangue, indicativo de quadros de infecção

Diminuição de leucócitos (leucopenia)

Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo. A leucopenia é a diminuição de glóbulos brancos do sangue, em geral está relacionada a infecções ou até mesmo associado ao uso de algum medicamentos.

Diminuição albumina (hipoalbuminemia)

A albumina, que representa de 40 a 60% das proteínas totais de um animal adulto, é produzida exclusivamente no fígado. Podem ocorrer alterações na concentração sérica de albumina em uma diversidade de processos patológicos, tais como doenças hepáticas, quando há produção insuficiente, ou em glomerulonefropatias, quando ocorre perda pela urina e, ainda, em problemas digestivos e dietéticos. O fígado é o único órgão responsável pela produção da albumina; reduções na quantidade da albumina no sangue (hipoalbuminemia), no entanto, podem não ser causadas por doenças do fígado, mas também por falta de "matéria prima" para a sua síntese (como nas desnutrições protéicas) ou aumento na sua destruição (estados catabólicos intensos) ou perda (intestinal ou renal);

Diminuição plaquetas (plaquetopenia ou Trombocitopenia)

A hemorragia é manifestação clássica da trombocitopenia sintomática.  A trombocitopenia deve-se à diminuição da meia-vida das plaquetas. É comum em portadores de doenças hepáticas crônicas por cinco mecanismos principais: aumento do sequestro e destruição pelo baço aumentado (hiperesplenismo), redução na produção pela medula óssea, deficiência de ácido fólico, destruição por mecanismos imunológicos e por coagulação intravascular disseminada;

Diminuição hemoglobina (Anemia)

A anemia pode estar associada à formação de auto-anticorpos responsáveis pela destruição dos eritrócitos.

Aumento Globulinas (hiperglobulinemia)

A hiperglobulinemia é caracterizada pelo aumento das globulinas. As globulinas (com exceção das g-globulinas) também são produzidas pelo fígado, se não exclusivamente, pelo menos como sítio primário. As a e b-globulinas incluem as proteínas da coagulação sangüínea e um grupo heterogêneo de proteínas que funcionam como carreadores de hormônios e oligoelementos, marcadores de inflamação (reagentes de fase aguda) e/ou metabólitos. Este grupo inclui lipoproteínas, haptoglobina, ceruloplasmina, hemopexina, transferrina. As g-globulinas são produzidas pelas células linfóides nos linfonodos, baço e medula óssea, e são correspondentes aos anticorpos.

Aumento Fosfatase alcalina

A fosfatase alcalina é ligada à membrana celular e pode ser encontrada em uma variedade de tecidos, sendo que cada tecido produz uma diferente isoenzima, separáveis por eletroforese. Com uma meia-vida maior que as demais, as isoenzimas originárias do sistema hepatobiliar e dos ossos são as únicas de importância diagnóstica. Geralmente os aumentos de atividade sérica são de origem hepatobiliar, com exceção de animais em crescimento ou com patologias ósseas. Como a variação dos níveis de fosfatase alcalina no soro (FAS) é relativamente estreita, esta enzima  tem importante papel como indicador de mal-funcionamento hepático em cães

Aumento uréia

Tóxica, a uréia forma-se principalmente no fígado, sendo filtrada pelos rins e eliminada na urina ou transpiração. Constitui o principal produto terminal do metabolismo protéico no ser humano e nos demais mamíferos.O comprometimento renal fica evidenciado pelo aumento nos níveis séricos de uréia.

Aumento ALT

A alanina aminotransferase (ALT) tem importância na detecção de doenças hepáticas em cães. A ALT estará aumentada no soro quando houver degeneração ou necrose do fígado; nestes casos ocorre extravazamento da enzima do citoplasma do hepatócito para o sangue. Estará aumentada no soro também por processos que alterem a permeabilidade de membrana dos hepatócitos, como agressão por toxinas e hipóxia.

Aumento AST

Os valores de AST são úteis na avaliação de lesão hepatocelular. É encontrada em altas concentrações no citoplasma e nas mitocôndrias do fígado, músculos esquelético e cardíaco, rins, pâncreas e eritrócitos (glóbulos vermelhos do sangue); quando qualquer um desses tecidos é danificado, a AST é liberada no sangue. Como não há um método laboratorial para saber qual a origem da AST encontrada no sangue, o diagnóstico da causa do seu aumento deve levar em consideração a possibilidade de lesão em qualquer um dos órgãos onde é encontrada.

Aumento creatinina

A avaliação da creatinina do sangue é um parâmetro utilizado  para avaliar a função renal. Um aumento nos níveis de creatinina no sangue é observado somente quando há um dano aos néfrons funcionantes. Logo este teste não é adequado para detectar uma doença renal em seu estágio inicial. Mais importante que níveis absolutos de creatinina é a evolução dos níveis sorológicos de creatinina ao longo do tempo. Um nível crescente indica dano renal, enquanto um nível decrescente indica melhoria das funções dos rins. A creatinina no plasma aumenta quando a função renal diminui, mas, (mesmo a uma freqüência menor), a hipercreatininemia pode também ser explicada por outros fatores (atividade elevada de cães grandes, desidratação, etc)

* Os valores acima apresentados quando analisados isoladamente são desprovidos de valor para diagnóstico de LV, e não são observados em todos os casos em cães, principalmente quando consideramos o diagnóstico diferencial com outras patologias. Por isso ressalta-se que os valores aqui apresentados constituem-se numa reunião de alguns achados em pesquisas científicas.  O diagnóstico da LV  inicia-se pelos testes sorológicos, os quais requerem correlação clínica e epidemiológica e em caso de dúvida, se faz necessário a realização de outros testes diagnósticos como: pesquisa direta de parasitas através de Citologia/ Biópsia de Linfonodo, de Pele, ou ainda de Punção de Medula e a Imuno-histoquímica.

3) Problemas nos rins e fígado

Nos rins pode ocorrer deposição de imunocomplexos levando à glomerulonefrites, nefrites e insuficiência renal e, no fígado, os parasitas podem se multiplicar nos macrófagos hepáticos, produzindo uma hepatite ativa crônica e insuficiência hepática.

Segundo autores como Ferrer, cães com leishmaniose visceral apresentam uma hiperproteinemia (Aumento da concentração de proteínas no sangue) acompanhada de uma hipoalbuminemia (baixa taxa de albumina), com discreta diminuição das frações alfa e beta e uma marcante gamaglobulinemia (taxa de gamaglobulina no sangue). Gamaglobulina é proteína do plasma sanguínio, em resposta do sistema imunológico à um estímulo antigênico, atua como suporte dos anticorpos. Pode ocorrer a diminuição da concentração de albumina sérica, talvez resultante de distúrbio da síntese hepática, acompanhando doenças hepáticas crônicas, da perda renal.

 2.1 Insuficiência Renal em Cães

Os rins têm algumas funções essenciais à sobrevivência tais como a excreção, a reabsorção de fluidos e alguns processos endócrinos. Eles filtram os resíduos da corrente sanguínea, de forma a excretá-los através da urina. Os rins também produzem hormônios como eritropoietina, que estimula a medula óssea a produzir novas hemácias (glóbulos vermelhos). Os sintomas da insuficiência renal crônica geralmente aparecerão quando 75% do rim de um cão já estiverem comprometidos.

A insuficiência renal crônica pode afetar cães de qualquer raça, sexo e idade. Mas aqui nos interessa os processos decorrentes da leishmaniose visceral. Os sinais mais comuns da enfermidade são: polidipsia (aumento do consumo de água) e poliúria (micção em excesso). Essa característica demonstra as tentativas do organismo de compensar a perda das funções renais, eliminando resíduos que se acumularam na corrente sanguínea.Outros sinais são, letargia, anorexia, perda de peso, vômitos, diarréia, úlcera gástrica e/ou intestinal, mau hálito, fraqueza e intolerância ao exercício, ou inabilidade de se exercitar normalmente sem se cansar. Se associada à hipertensão ou pressão alta, a insuficiência renal crônica pode levar à cegueira.

Como a doença é progressiva e irreversível, o prognóstico para os cães afetados depende da gravidade da doença. É muito complicado o prognóstico, principalmente em casos de sintomas muito graves e irreversíveis e quando não há resposta ao tratamento. Embora o tratamento raramente melhore as funções renais dos cães, pode aliviar os sintomas e trazer um maior conforto para o animal. Por isso, os animais com problemas nesta ordem têm uma expectativa de vida que pode variar de meses a alguns anos, dependendo das causas e de como elas são tratadas. No caso da leishmaniose, mesmo que o cão não apresente insuficência renal, o acompanhamento cuidadoso visa a proteger os rins, alterando a dieta e introduzindo medicações.

O veterinário deve primeiro identificar e corrigir qualquer doença renal preexistente que possa exacerbar ou mascarar a insuficiência crônica, assim como todo e qualquer fator que esteja originando agressões aos rins. Um diagnóstico de insuficiência renal crônica necessita de exame físico e diversos testes laboratoriais. O exame físico do animal afetado geralmente revela desidratação, rins pequenos ou irregulares, caquexia ou grande perda de peso, membranas mucosas ou gengivas descoradas (aspectos esbranquiçados), úlceras orais e mau hálito. Os testes de laboratório devem incluir hemograma completo e análise bioquímica de sangue e exame de urina. Outros exames, como cultura de urina, radiografias, ultra-som, tomada da pressão sanguínea e biópsia, podem ser indicados para se obter um diagnóstico completo.

Em casos moderados da insuficiência renal, o tratamento pode ser feito pelo proprietário do animal na sua casa, com medicamentos e dietas apropriadas. O veterinário poderá prescrever ração canina com menor teor de proteína, fósforo e sódio do que a normal e assim reduzir a carga de trabalho dos rins. Também é imprenscidível fornecer água fresca todo o tempo. Podem ser receitados medicamentos para controlar a náusea, inapetência, desequilíbrio mineral e eletrolítico, deficiências hormonais e pressão sanguínea alta. Pode ser necessária a administração de soro por via subcutânea, além de monitoramento feito por médico veterinário, regularmente. A frequência das visitas vai depender da gravidade da doença e da reação do animal ao tratamento. Já em casos graves da insuficiência, há o internamento hospitalar para tratamento com soro intravenoso, suplemento nutricional e remédios. Os exames laboratoriais serão monitorizados para saber se houve melhoras durante a hospitalização.

Hoje já se encontra disponível o tratamento de suporte com o auxílio da HEMODIÁLISE e da DIÁLISE PERITONEAL. A HEMODIÁLISE assim como a DIÁLISE PERITONEAL são processos de substituição temporária da função renal, diminuindo os níveis de toxinas urêmicas. Desta forma, melhora-se a condição geral do paciente, evitando que as toxinas acumuladas danifiquem outros sistemas orgânicos (cérebro, estômago, intestinos, sistema cardiovasculares etc...) enquanto ganha-se tempo para permitir que o tratamento instituído, visando a cura ou correção das causas dos insultos renais, surta efeito e se consiga recuperar total ou parcialmente um pouco da função renal. Vale lembrar que a HEMODIÁLISE não é necessária para o resto da vida. Apenas por um curto período suficiente para retirar o animal de um quadro agudo (IRA) ou de uma agudização em casos crónicos (IRC)

2.2 Insuficência hepática em cães

O fígado é um órgão de muitas e diversas funções metabólicas. É de extrema importância realizar exames da função hepática para diagnóstico precoce de qualquer alteração. Uma insuficiência hepática pode ter um caráter agudo ou crônico. São várias as causas, mas na leishmaniose visceral é decorrente de uma parasitose (com excessão a insuficências  pré-existentes). Como sinal clínico, comumente observa-se icterícia (cor amarelada das mucosas do animal), porém, nem sempre é observável.
Os sinais e sintomas mais comuns de disfunção hepática, não são, na maioria dos casos,  muito específicos:
● Perda de apetite (anorexia)
● Perda de peso
● Ingestão de fluidos aumentada (polidipsia)
● Aumento do volume de urina (poliúria)
● Vômito e/ou diarreia
● Dilatação abdominal (ascite)
● Alterações neurológicas
● Letargia

Se há comprometimento hepático, o organismo do cão  é incapaz de neutralizar as toxinas eficazmente. Nos casos crônicos, algumas destas substâncias tóxicas (a amônia em particular) podem atingir o sistema nervoso através da circulação sanguínea. Esta situação pode resultar numa síndrome neurológica designada por encefalopatia hepática. Os sintomas desta afeção podem incluir colapso, tremores, salivação excessiva e alterações do comportamento, como por exemplo, quando o animal pressiona a cabeça contra uma parede.

A anatomia do órgão e as lesões do tecido hepático também poderão ser avaliados através de radiografias e ecografias abdominais. Normalmente solicita exames para avaliar os níveis das enzimas hepáticas (ALT,AST, FA, até GGT), e Albumina, Glboulina, Uréia, para avaliar o metabolismo hepático.

Principais enzimas hepáticas

Alanina Aminotransferase (ATL)

Esta enzima é essencialmente hepato  específica para cães e gatos. O aumento da atividade sérica dessa enzima indica uma lesão celular liberando-a para a circulação. O grau da lesão hepática é responsável pelo aumento da atividade da ALT.

Aspartato aminotransferase (AST)

O teste desta enzima também pode ser utilizado no diagnóstico de doenças musculares, pois ela não é considerada uma enzima hepato–específica. Seu aumento indica necrose hepática ou muscular. A hemólise e lipemia podem dar um falso aumento desta enzima.

Fosfatase Alcalina (FA)

É uma enzima de indução sintetizada no fígado,nos osteoblastos, nos epitélio intestinal, e renal e na placenta. Em cães, a meia-vida de FA intestinal, renal e placentária é de, aproximadamente seis minutos; em gatos, é cerca de dois minutos. Aumentos desta enzima indicam hepatopatia colestática, crescimento ósseo e administração de corticosteróides.

Gamaglutamilitransferase (GGT)

É uma enzima de indução sintetizada por quase todos os tecidos corporais, com maior concentração no pâncreas e nos rins. A lesão hepática aguda pode provocar aumento imediato da atividade sérica. Ocorre hipergamaglobulinemia na maioria dos cães com LV, podendo alcançar 100 % dos animas infectados.

Provas de síntese e metabolismo hepático

Albumina (1)

Geralmente não se observa hipoalbuminemia até que ocorra perda de 60 a 80% da função hepática. Diminuição nos níveis de Albumina é indicativo de problemas hepáticos. Na leishmaniose visceral, a diminuição da albumina seria devido a perdas por nefropatias, doenças hepáticas, subnutrição crônica ou até mesmo a combinação destes fatores.

Globulinas (1)

A insuficiência hepática pode resultar em menor síntese, portanto, em menor concentração sérica de globulina.

Obs: Em insuficiência hepática é comum se notar índice baixo da proporção albumina:globulina.

Uréia

É sintetizada no fígado a partir da amônia. Uma diminuição da uréia usualmente acompanha aumentos na concentração de amônia no sangue.

 (1) Em estudo realizado no Brasil (RIBEIRO et al,2005), os valores  albumina/globulina foram cruzados com os resultados obtidos de pesquisa de parasitas de leishmaniose na pele. Os cães que mostraram mais formas amastigotas na pele tinham os menores valores da fração albumina/globulina o que levou os pesquisadores a sugerirem que este dado pode ser indicador da infectividade dos cães naturalmente infectados por L. chagasi. O tratamento também indica redução dos índices albumina/globulina em cães anteriormente com altos valores.O laboratório Tecsa recomenda que os veterinários façam os exames para avaliar a relação e alerta: se a relação A/G, for menor do que 0,60 a chance de ser uma infecção por Leishmania é grande, embora NÃO SEJA PATOGNOMÔNICO. Trata-se de mais um parâmetro que pode nos auxiliar nos casos Indeterminados ou com resultados de RIFI com 1/40 ou 1/80 persistentes. O perfil normal A/G  é igual a 1.

Provas de Transporte e Excreção Hepática:

Bilirrubina

É um subproduto do metabolismo da hemoglobina formada através de hemáceas velhas fagocitadas por macrófagos e liberadas e transportada para o fígado por uma proteína. O aumento de bilirrubina pode ocorrer por vários fatores como doença hemolítica, insuficiência hepática e colestase. Na insuficiência hepática ocorre aumento de bilirrubina.

Amônia

Aumentos de amônia indicam insuficiência hepática.

POR QUE FAZER DIETA ALIMENTAR?

Características da dieta de prescrição

A mudança na dieta de cães acometidos pela leishmaniose visceral se deve, além de outras alterações,  à problemas renais e hepáticos decorrentes da doença ou de uso constante de medicamentos utilizados no tratamento e, atuam principalmente como preventivos/protetores.

A terapêutica nutricional é essencial nos pacientes com insuficiência hepática e renal. E como tal, o médico veterinário deverá monitorizar a alimentação do animal. O tratamento consiste basicamente em identificar as necessidades do animal, prevenir a subnutrição(através de um alimento com elevada densidade energética), minimizar as complicações metabólicas associadas (sobretudo a acumulação de cobre no fígado, a encefalopatia hepática e a ascite).

Em casos de insuficiência renal, a composição da dieta é importante para a manutenção da homeostasia e ajuda a melhorar a qualidade de vida dos animais. Em alguns casos, as medidas dietéticas podem prevenir a progressão da IRC até uma fase em que o desenvolvimento se torna fatal, a menos que seja realizado um tratamento de substituição renal (transplante).A insuficiência renal crônica é progressiva e dinâmica, por isso, é necessário realizar exames clínicos e análises laboratoriais regulares e adaptar o tratamento às alterações observadas para que permaneçam efetivas.

Em casos de insuficiência hepática, a duração da prescrição depende da origem da patologia e da capacidade de regeneração do tecido hepático. Nos casos crônicos, pode ser necessário um tratamento durante toda a vida do animal, devendo respeitar as indicações do Médico Veterinário.

>>> As recomendações dietéticas e outras formas de tratamento médico devem ser adaptadas às necessidades de cada paciente, de acordo com a apresentação clínica e os resultados dos testes laboratoriais SOMENTE por Médicos Veterinários <<<

As características mais importantes de uma dieta específica para alterações da função hepática são:

  • Limitar a quantidade de substâncias tóxicas para o organismo: Se a dieta apresentar um alto teor de proteínas o organismo irá produzir e excretar mais amônia. Se a dieta for com menor teor de proteína, a amônia será produzida pela degradação da proteína corporal do animal (geralmente, as proteínas musculares) como forma a compensar a carência deste nutriente na dieta. As bactérias presentes no intestino grosso que digerem a proteína também produzem amônia, por isso é importante que a proteína da dieta seja altamente digerível (com elevado valor biológico) para que possa ser digerida e absorvida no intestino delgado antes de atingir o intestino grosso. Uma proteína alimentar de elevado valor biológico, limita, portanto, a produção de amônia a nível intestinal. A utilização de algumas fibras alimentares específicas (fibras fermentescíveis) também pode ser utilizada para reduzir a produção de amônia pelas bactérias do intestino grosso e para estimular a excreção de amônia e de outras substâncias nocivas nas fezes. As fibras não fermentescíveis possuem também um efeito favorável, acelerando o trânsito intestinal e absorvendo uma parte das toxinas. As proteínas vegetais de elevada digestibilidade (como o isolado protéico de soja) são bem toleradas em cães com encefalopatia hepática.
  • Reduzir a acumulação de cobre no fígado: Uma vez assimilado no intestino, o cobre é armazenado no fígado e o excesso de cobre é eliminado pela bílis. Algumas doenças hereditárias e, sobretudo, as doenças hepáticas obstrutivas, dão origem à acumulação de cobre no fígado. O cobre em excesso favorece a produção de radicais livres, os quais são responsáveis pela lesão e morte das células hepáticas. Por conseguinte, nos regimes alimentares para insuficientes
    hepáticos, é aconselhável restringir o fornecimento alimentar de cobre. Por outro lado, os alimentos ricos em zinco inibem a absorção de cobre (que tendencialmente se acumula no fígado destes animais) uma vez que o zinco (oligoelemento) estimula a produção de uma proteína nas células intestinais – a metalotioneina – que fixa o zinco e o cobre impedindo a sua absorção intestinal.
  • Ajustar os níveis de vitaminas e minerais: Nos animais com insuficiência hepática, as carências mais frequentemente observadas são em potássio e zinco (sobretudo devido à anorexia, já que o zinco tem uma origem alimentar), bem como em vitaminas (K e complexo B). Isto acontece porque ocorrem déficites de produção (o fígado é responsável pela produção das vitaminas), aumento das necessidades e aumento das perdas (o potássio é eliminado na urina). Assim, nestes animais recomenda-se uma suplementação dietética com estes oligoelementos e vitaminas. Além disso, é recomendada uma restrição moderada de cloreto de sódio (sal) de forma a prevenir um aumento da pressão sanguínea a nível hepático (hipertensão portal) e a retenção de fluidos na cavidade abdominal (ascite).
  • Fornecer níveis suplementares de energia: Uma contribuição suficiente de energia e proteínas é essencial para a prevenção da perda de peso e da massa muscular, assim como para a prevenção do catabolismo protéico (degradação das proteínas  proteínas, frequente nos insuficientes hepáticos). Contrariamente à opinião generalizada, os cães e gatos com insuficiência hepática toleram perfeitamente níveis elevados de matérias gordas (30 a 50% de calorias). Assim, o fornecimento de energia sob a forma de matérias gordas, e a utilização de proteínas de elevada digestibilidade, é essencial para assegurar a regeneração hepática e reduzir a formação de amônia a nível intestinal.

 As características mais importantes de uma dieta específica para alterações da função renal são:

  • Lutar contra a anorexia e manter um consumo energético suficiente: Nos casos avançados de IRC, o elevado acúmulo de resíduos nitrogenados possuem uma ação irritante nas mucosas. O animal sofre de náuseas e vômito e tende a perder o apetite. Se esta situação persistir durante algum tempo, o animal sofre ainda mais perda de peso e a sua esperança média de vida é reduzida. A ingestão energética do animal dever ser adaptada às suas necessidades e por isso o seu peso e condição corporal devem ser avaliados com regularidade. Os gatos geralmente necessitam entre 50 e 60kcal/kg/dia, e os cães cerca de 70 kcal/kg peso corporal0,75/dia. Uma vez que os lípidos fornecem cerca de duas vezes mais energia do que os carboidratos por cada grama consumida, aumentam a densidade energética do alimento, tornando possível a diminuição do volume de alimento a administrar e assim reduzir os riscos de náuseas e vômito. Pode ser necessário tentar vários diferentes alimentos antes de selecionar aquele que o animal prefere. Por vezes é útil aquecer o alimento (no caso dos alimento úmidos) e administrá-lo ao animal pequenas quantidades a intervalos muito regulares. O apetite dos animais pode também ser estimulado pela adição de substâncias aromatizantes à dieta base.
  • Restringir a ingestão de proteína na doença renal crônica: Existem duas razões para a restrição do nível de proteína numa dieta formulada para a doença renal: (1) Minimizar a azotemia/uremia; (2) Diminuir a proteinúria mediada por hiperfiltração glomerular, resposta de má adaptação à IRC que contribui para a progressão da lesão renal. Esta é a razão para a redução da ingestão protéica. Uma vez que a IRC atinja a fase urêmica é recomendado reduzir a ingestão de proteína de modo a garantir que o bem-estar do animal não seja afetado de modo adverso pela uremia. A determinação da razão uréia: creatinina plasmáticas é útil na avaliação da resposta do animal à restrição protéica (diminuição da produção de resíduos nitrogenados). Nos cães, os valores de referência têm sido recomendados de acordo com os níveis de ingestão de proteína, mas nada foi publicado ainda para gatos. A eficácia da redução da ingestão de proteína como um tratamento para a proteinúria é muito controverso no cão e no gato. Em estudos experimentais com ratos, esta estratégia demonstrou ajudar a retardar a progressão das lesões renais, de modo que a restrição protéica foi também recomendada para as outras espécies. Estudos semelhantes têm sido conduzidos em animais de estimação, mas nos casos em que a ingestão de proteína foi mais limitada (2,7g/kg/dia), os animais apresentaram sinais de má nutrição protéica e uma diminuição na albuminemia no final do estudo. Um estudo subsequente falhou ao tentar evidenciar qualquer efeito benéfico na restrição de proteína (5,2-5,3g/kg/dia) quando a azotemia foi limitada. Outra abordagem dietética para limitar a proteinúria é através da suplementação dietética com ácidos graxos poliinsaturados (PUFA) da série ômega 3. Em cães com IRC, a administração de uma dieta enriquecida com ácidos graxos de cadeia longa ômega 3 retardou a progressão da deterioriação da TFG (taxa de filtração glomerular). Embora sejam necessários outros estudos para determinar o impacto dos ômega 3 na progressão da IRC em animais de estimação é, sem dúvida, muito importante garantir ao animal a ingestão desses ácidos graxos, como o EPA (ácido eicosapentaenóico) e o DHA (ácido docosahexaenóico), uma vez que os gatos não possuem na enzima delta-6- desaturase, o que compromete a sua síntese. Deste modo, o óleo de peixe deve estar sempre contido nos alimentos para animais de estimação com doença renal crônica.
  • Prevenir o hiperparatiroidismo renal secundário através do controle da hiperfosfatemia: Quando a TFG diminui e o consumo de fósforo se mantém igual, ocorre uma discrepância entre a quantidade de fosfato excretada diariamente na urina e a quantidade consumida, havendo acúmulo de fosfato no organismo, o que promove o hiperparatiroidismo e a progressão das lesões renais. Inicialmente, o objetivo é de reduzir o consumo de fósforo através de alimento apropriado de modo a controlar a secreção de PTH. Na fase 3/4 é, contudo, improvável que uma dieta renal seja suficiente para manter este objetivo, e pode ser necessário introduzir agentes quelantes do fósforo de modo a reduzir a biodisponibilidade do fósforo alimentar. Os agentes quelantes do fósforo interagem com o alimento e é por isso importante misturá-los na dieta para uma máxima eficácia. Os efeitos secundários relacionados com a restrição do fósforo alimentar são raros. É recomendado determinar a concentração plasmática de fósforo do paciente e a concentração plasmática de cálcio (de preferência cálcio ionizado) com regularidade, uma vez a cada dois ou três meses. Têm sido ocasionalmente relatados casos de hipercalcemia
  • Adaptação dos níveis de sódio ao risco de hipertensão: A maioria das dietas destinadas para animais de estimação com IRC contêm menos sódio do que os alimentos de manutenção para animais de estimação adultos. Esta formulação é baseada na hipótese de que com um parênquima renal com função reduzida, tem mais dificuldade de  manter a homeostasia do sódio e a consequente retenção de sódio pode aumentar a pressão arterial sistêmica. No entanto, algumas observações têm colocado dúvidas quanto ao valor de uma restrição sistemática do sódio dietético nos animais de estimação que apresentam IRC espontânea:
    • Os animais de estimação que sofrem de IRC toleram um aumento na ingestão de cloreto de sódio até 200mg/kg/dia de peso vivo, durante 7dias (alimento contendo 1,27% de sódio, i. 2,8g de sódio por 1000kcal), com nenhum aumento verificado na pressão sanguínea arterial;
    • Em modelos experimentais de hipertensão, uma redução no consumo de sódio conduz a um aumento da excreção urinária de potássio e a uma ligeira hipocalemia, com ativação mais pronunciada do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA); a ativação patológica do SRAA pode provocar efeitos nocivos na função renal e exacerbar a fibrose renal em alguns modelos de doença renal felina. Devem ser realizados mais estudos para determinar se a redução do sódio ingerido ajuda a minimizar o ligeiro aumento crônico na pressão sanguínea arterial sistêmica, detectada na maioria dos animais de estimação acometidos com IRC, e se a restrição de sódio dietético tem um efeito benéfico nos animais de estimação que recebem medicação anti-hipertensiva quanto ao grau de controle da pressão arterial conseguido.
  • Prevenção da hipocalemia: A associação existente entre a IRC e a hipocalemia é relativamente limitada aos gatos (nos cães ou nos humanos, a perda de néfrons funcionais acarreta um risco maior para a hipercalemia). Em 20 a 30% dos gatos com IRC a adaptação funcional dos néfrons residuais conduz a perdas excessivas de potássio na urina, resultando em hipocalemia. Corrigir estas anomalias eletrolíticas, especialmente quando a concentração plasmática de potássio é inferior a 3mmol/l, é clinicamente benéfico. A hipocalemia severa e a miopatia associada podem ser evitadas se os animais de estimação não forem alimentados com dietas acidificantes e garantindo que a dieta está repleta de potássio e magnésio. Para a grande maioria dos animais de estimação com DRC, pode ser administrada a dieta formulada para a doença renal, a utilização de suplementos de potássio não será necessária uma vez o problema inicial da hipocalemia tenha sido resolvido e o animal apresente novamente apetite.
  • Lutar contra o risco de acidose metabólica: Os sinais objetivos de acidose metabólica são geralmente visíveis na Fase 3 avançada e no início da Fase 4 da IRC. O papel desempenhado pela acidose metabólica na patologia óssea associada à IRC é bem conhecida na Medicina Humana, mas não foi ainda alvo de estudo nos animais de estimação. A abordagem da acidose metabólica centra-se na administração de um agente alcalinizante por via oral. A resposta do animal ao tratamento pode ser monitorada através de determinações sucessivas da concentração plasmática de bicarbonato, a qual deve idealmente permanecer entre os intervalos de referência fisiológicos. A escolha de um agente alcalinizante depende de diversos parâmetros: a sua palatabilidade, a possível presença de hipertensão (na qual os suplementos de sódio estão contraindicados), hipocalemia (na qual são recomendados os sais de potássio) e hiperfosfatemia; neste último caso, os sais de cálcio podem ser prescritos devido à sua capacidade de captar o fósforo no alimento e nas secreções intestinais. A acidose metabólica aumenta o risco de hipocalemia: estando, deste modo, indicado um tratamento que utilize o gluconato de potássio ou o citrato de potássio.
  • Outras estratégias dietéticas com o objetivo de retardar a progressão das lesões renais: A disfunção das células endoteliais está envolvida na patogênese da IRC. Na Medicina Humana, área na qual se dedica uma investigação ativa na luta contra estas células endoteliais não funcionais, algumas das estratégias mencionadas abaixo provaram a sua utilidade. Continua por determinar se estas medidas são benéficas em animais de estimação com IRC e quando devem ser aplicadas.
    • Enriquecimento da dieta com antioxidantes (vitamina E, vitamina C, taurina, luteína, licopeno, betacaroteno, etc.) de modo a minimizar o stress oxidativo, que contribui para a progressão das lesões da IRC. Os flavanóides, por exemplo, podem desempenhar um papel protetor nas áreas de necrose que ocorrem no glomérulo, graças a períodos alternativos de isquemia e de reperfusão, conduzindo a problemas de circulação que acompanham a IRC.
    • Suplementos de arginina por estimular a produção de óxido nítrico, o qual promove vasodilatação.
  • Importância da fibra: As fibras fermentáveis surgiram recentemente no tratamento dietético da IRC. Representam uma fonte de carboidrato para as bactérias gastrointestinais, as quais utilizam a uréia como fonte de nitrogênio para o seu crescimento. Dado que a excreção de nitrogênio nas fezes aumenta de acordo com a massa bacteriana, foi sugerido que um aumento da massa bacteriana pode ajudar a reduzir a urêmia. No entanto, as toxinas urêmicas clássicas, ao contrário da uréia-nitrogênio, são moléculas de tamanho médio e assim demasiado grandes para transpor com facilidade a barreira membranosa. Por isso, é pouco provável que estas toxinas sejam utilizadas pelas bactérias para satisfazer as suas necessidades de nitrogênio. Pelo contrário, os efeitos benéficos das fibras fermentáveis podem ajudar a regular as alterações digestivas que acompanham a IRC.

RAÇÃO ESPECÍFICA: LEISHMANIASIS MANAGEMENT – CANINE FORMULA. MARCA AFFINITY: ADVANCE VETERINARY DIETS

Características do Produto:

O suporte nutricional para o tratamento farmacológico de pacientes com leishmaniose.
Reforçar a imunidade celular.
Prevenção de cálculos de xantinas.
Reforçar e melhorar as lesões inflamatórias da pele.

>>ANTIOXIDANT PLUS: Máximo efeito antioxidante para melhorar a imunidade celular combinando de modo sinérgico com a vitamina E, vitamina C e Bioflavonóides, taurina e selênio. 
>>MENOS PURINAS: Ingredientes baixa em nucleotídeos para evitar a formação de cálculos de xantina decorrentes do uso de alopurinol, um dos medicamentos de escolha no tratamento da LV >>NÍVEIS IDEAIS DE PROTEÍNAS E ENERGIA: para assegurar a manutenção da condição muscular e promover uma resposta imune eficaz.

>>PROTEÍNAS COM PERFIL IDEAL DE AMINOÁCIDOS: ajudam a reduzir os resíduos do catabolismo protéico.

>>FONTES DE PROTEÍNA DE ALTO VALOR BIOLÓGICO: ovo, soro de leite, caseinato, e proteína de soja hidrolisada.

>>FÓRMULA DERMOPROTETORA: ácido linoléico, biotina e níveis de ômega 3 superiores as fórmulas de manutençã para ajudar a melhorar a recuperação da pele e pêlo.

>>PROPORÇÃO IDEAL DE ÔMEGA-6 E ÔMEGA-3:  ajuda a reduzir a resposta inflamatória, particularmente a nível cutâneo

>>ADIÇÃO DE VITAMINA C: ajuda a previnir alterações a nível oculares.

>>NÍVEIS REDUZIDOS DE FÓSFORO: no caso de alimentos para cães adultos que ajudam a prevenir disfunção glomerular. 

>>ALTA DIGESTIBILIDADE: para maximizar a absorção nutricional e evitar problemas digestivos.

>>ALTA PALATABILIDADE: para garantir a nutrição adequada, especialmente nos casos em que o há redução de apetite.

>>TAMANHO DA PARTÍCULA (GRÃO): projetado para cães de tamanhos médios e grandes, os de maior risco a exposição os vetor (mosquito).

Composição nutricional

Ingredientes: Trigo, água, fibras, proteínas de aves desidratada, glúten de trigo, o fermento, o fosfato de cálcio, lecitina de soja, carbonato de cálcio, caramelo, sal.
Valores:

DA LISTA NEGRA PARA OS CÃES: Alimentos  que devem ser evitados

TOMATE

Altera a acidez gástrica, e pode causar problemas renais.

CHOCOLATE

O chocolate - sobretudo os mais amargos - podem causar problemas no ritmo cardiaco e no sistema nervoso de seu cão ou gato.

CEBOLA

Uma única refeição de 600 a 800 gramas de cebola crua pode ser perigoso que um cão de 10 kg. Um cão alimentado com 150 gramas de cebola por vários dias, também pode desenvolver anemia. O n-propil presente na cebola promove a quebra das celulas vermelhas. Pode ocorrer sangue na urina, fraqueza, taquicardia e respiração ofegante.  A intoxicação pode ocorrer em  poucos dias depois que o animal tenha comido a cebola. Todas as formas de cebola pode ser um problema, incluindo a cebola desidratada, cebola crua, cozida cebolas e restos de comida que contenham a cebola, como pedaços de pizzas, pratos chineses, etc.

UVA/ UVA PASSA

Uma pequena quantidade de passas e apenas um punhado de uvas pode causar falência renal em seu cão em apenas 48 horas. A ASPCA alega que uma substância tóxica desconhecida ocasiona a insuficiência renal. O grau de intoxicação depende da saúde do animal.
Aqui deve-se incluir as fontes e dervidados. Há relato de casos de cães que apresentaram sinais gastrintestinais, incluindo vômitos e diárreia e, em seguida, sinais de insuficiência renal com o aparecimento dos sintomas graves nos rins, a partir de aproximadamente 24 horas após a ingestão de uvas ou passas. A quantidade de uvas consumidos variou entre 9 oz e £ 2., que trabalhou-se entre 0,41 e 1,1 oz / kg de peso corporal. Dois cães morreu diretamente com a toxicidade, três foram sacrificados devido à má resposta aos tratamentos e cinco cães sobreviveram.

SAL

Uma simples colherzinha de sal pode causar sérios problemas a seu cão ou gato, incluindo tremores, convulsão e morte.

BEBIDA ALCÓOLICA

As bebidas alcoólicas e os alimentos que contém alcóol podem provocar vômito, diarréia, descoordenação motora, dificuldade respiratória, convulsões, coma e morte.

ABACATE

(Todas as partes) – Há um ingrediente tóxico no abacate chamado persin (é desconhecida a quantidade tóxica). Os sintomas incluem dificuldade respiratória, distensão abdominal, acúmulo anormal de fluido no tórax, abdômen e da membrana que envolve o coração. Também pode acontecer vômito e diarréia. E dependendo do caso, a ingestão pode ser fatal.

CAFÉ/CHÁ/

CAFEÍNA

Todos estes produtos contém sustâncias metilxantinas. Quando são ingeridos pelos animais, as metilxantinas podem causar vômito, diarréia, ofegação, sede excessiva e urinação, hiperatividade, alteração rítmo cardíaco, convulsões e morte.

MACADÂMIA

Um estudo recente foi escrito pelo Dr. McKenzie Ross, patologista veterinário apontou para o perigo de macadâmia crua e torrada para animais de estimação.
O composto tóxico é desconhecido, mas o efeito está relacionado a dificuldades de locomoção: tremor dos músculos esqueléticos,  fraqueza ou paralisia dos membros posteriores. Os cães afetados não conseguem se levantar e ficam ofegantes.As pernas podem inchar e alguns animais mostram dores ao serem manipulados.

ALHO

O alho contém tiossulfato, ingrediente tóxico aos animais. Não se sabe a relação entre toxicidade e quantidade ingerida.

 

 XILITOL

O xilitol é utilizado como adoçante em vários produtos, como goma de mascar, balas, confeitos, pasta de dente, bombons e doces em geral. A ingestão pode provocar a liberação de insulina e provocar hipoglicemia. Os sintomas incluem vômito, letargia, e perda da coordenação motora. Dentro de poucos dias pode ocorrer insuficiência renal.

FRUTAS

Pêra,  caroços das ameixas, pêssegos e damascos, sementes de maça

DIVERSOS

Casca batata, feijão, massas, fermentos, brocólis

LÚPULO/ LEVEDURA SECA

Em excesso pode aumentar flatulência no sistema digestivo dos animais, ocorrendo desconforto e dores abdominais.

SALMÃO

Há relatos ocorridos no Noroeste do Pacífico e na Califórnia. A contaminação é causada pela infecção por um organismo rickettsial, helminthoeca Neorickettsia. Acredita-se que os salmonídeos (salmão, truta) são hospedeiros de parasitas contraídos de caramujos que fazem parte da teia alimentar de espécies de salmão. Depois que o cão ingere o peixe parasitado. A contaminação se dá somente para ingestão de salmão cru.

* Lista extraída da  Animal Poison Controls

Diariamente novas marcas são adicionadas quase diariamente à lista elaborada pelo FDA (Federal Drug Administration)e pela Veterinary Medical Association (AVMA).
O recall acontece nos EUA e também no exterior, por causa da contaminação com melanina produzida na China. A Blue Buffalo Company fez um recall para a ração seca Spa Select Kitten que tem a inscrição "Melhor se utilizada até 07 de março de 2008B". A Blue Buffalo recebeu proteína concentrada de arroz da Wilbur-Ellis, a mesma empresa que forneceu tal ingrediente para a Natural Balance. Testes posteriores indicam que o concentrado de proteína Blue Buffalo deu resultado positivo no teste de melamine.  A Royal Canin South Africa anunciou o recall da comida para cachorros Bets Choice, por conter grãos contaminados por melamine, importada da China. Esta comida é vendida na África do Sul e Namíbia. A Royal Canin, que tem sede no sul da França, anunciou que nenhuma das comidas para animais contaminadas chegou aos Estados Unidos. Dezenove cães que consumiram a Bets Choice em Cape Town e Johannesburgo, na África do Sul, foram diagnosticados com problemas de fígado.  Até agora foi feito recall para mais de 100 marcas de alimentos para animais, contaminadas com melamine. 

Mantenha-se informado sobre os recalls e observe seu animal de estimação atentamente para detectar sinais de problemas de fígado, que incluem falta de apetite, letargia (falta de disposição) e sede excessiva. Veterinários e donos de animais devem comunicar imediatamente qualquer suspeita de caso de contaminação ligando para os fabricantes e órgãos de fiscalização. 

Abaixo uma lista de algumas marcas de rações que estão em recall e não devem ser consumidas: 
Americas Choice, Preferred Pet ,Authority ,Best Choice ,Companion, Eukanuba Cat Cuts and Flaked , Eukanuba Morsels in Gravy, Fine Feline Cat, Giant Companion, Hannaford, Hill Country Fare, Hill's Prescription Diet ,Hy-Vee, Iams Cat Slices and Flakes, Iams Select Bites, Natural Balance (RICE) ,Nutriplan, Nutro Max Gourmet Classics, Nutro Natural Choice, Nutro Products,  Paws, Pet Pride, Science Diet Feline Cuts Adult, Science Diet Feline Cuts Kitten, Science Diet Feline Cuts Mature Adult 7+,Science Diet Feline Savory Cuts Can, Stop & Shop Companion, Stop & Shop/Giant Companion, ALPO, Best Choice, Big Bet, Big Red, Champion Breed Lg Biscuit, Champion Breed Peanut Butter Biscuits, Ol' Roy, Shep Dog - (FDA- 2007)

 

Fontes:

Gazeta news

By pets

Consultoria & Nutrição Científica S/C Ltda.

Affinity Pet care

Referências laboratorias de cães e gatos

Vida de Kiko

Royal Canin – Alimento como tratamento

Royal Canin – Cães e mascotes

Royal canin - Abordagem nutricional da doença renal crônica

Animal Poison Control Center

Canine Hills – Tratamento nutricional para cães com prd_id=845524441760645">prd_id=845524441760645">problemas hepáticos

Canine Hills – Tratamento nutricional para cães com prd_id=845524441760643">prd_id=845524441760643">problemas renais

Estudo clínico-laboratorial e histopatológico de cães naturalmente infectados por Leishmania chagasi com diferentes graus de manifestação física (pdf)

NOVIDADES CIENTÍFICAS DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA LEISHMANOSE CANINA

Tecsa

Bioquímica do soro de cães com leishmaniose visceral em diferentes titulações ao IFI, idades, grupos raciais e sexo

Pet Food Recall

American Veterinary Medical Association

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito Bom. Continue!

Fátima Vinagre

Anônimo disse...

E quais frutas podem ser dadas aos cães sem que lhes cause mal???

Ricardo Estrela
sales.lima@hotmail.com

Bruna disse...

Ricardo, segundo o site http://www.cachorroverde.com.br/index.php/vegetais/, existem várias frutas, legumes e vegetais permitidos para os cães.
Não se esqueça que essa é condição para cães sadios, não portadores de leishmaniose. Neste caso, é recomendado procurar o veterinário.

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