sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O papel da prevenção na Leishmaniose Canina

O Blog recomenda – Proprietários atentos!

As estratégias de controle da leishmaniose canina devem ser centradas na prevenção, redução da população de flebotomíneos e atividades de educação em saúde.

É importante salientar que as ações de controle deverão sempre ser realizadas de forma integrada.

>> Orientações dirigidas ao controle do vetor

>> Controle químico

O controle químico por meio da utilização de inseticidas de ação residual é a medida de controle vetorial recomendada no âmbito da proteção coletiva. Esta medida é dirigida apenas para o inseto adulto e tem como objetivo evitar e/ou reduzir o contato entre o inseto transmissor e a população humana e canina, consequentemente, diminuir o risco de transmissão da doença.

>> Onde deve ser feita a borrifação?

» Nas paredes internas e externas do domicílio, incluindo o teto, quando a altura deste for de até 3 metros.
» Nos abrigos de animais ou anexos, quando os mesmos forem feitos com superfícies de proteção (parede) e possuam cobertura superior (teto).

>> Qual produto deverá ser utilizado?

Os produtos mais empregados atualmente no controle a esses vetores são a cipermetrina, na formulação pó molhável (PM) e a deltametrina, em suspensão concentrada (SC).

>> Orientações dirigidas às atividades de educação em saúde

Devem ser feitas através de:
» divulgação à população sobre a ocorrência da LV na região, alertando sobre os sinais clínicos e os serviços para o diagnóstico e tratamento;
» adoção de medidas preventivas considerando o conhecimento da doença, atitudes e práticas da população, relacionada às condições de vida e trabalho das pessoas;
» incorporação das atividades de educação em saúde voltadas à leishmaniose visceral dentro de um processo de educação continuada;
»desenvolvimento de atividades de educação em saúde junto à comunidade;
» estabelecimento de parcerias buscando a integração interinstitucional.

MEDIDAS PREVENTIVAS

>> Dirigidas à população humana: medidas de proteção individual

Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas de proteção individual devem ser estimuladas, tais como: uso de mosquiteiro com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente pode ser encontrado.

>> Dirigidas à população canina

» Controle da natalidade com programas de esterilização

Faz-se necessário, o controle da natalidade de cães abandonados, através de programas de esterilização e posse responsável.

»Vacina anti-leishmaniose visceral canina
Existem duas vacinas contra a leishmaniose visceral canina registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: uma de nome Leishmune®, produzida pela Fort Dodge Saúde Animal Ltda, e outra de nome Leish-Tec. Ambas demonstram eficácia preventiva;

»Uso de telas em canis individuais ou coletivos
Os canis de residências e, principalmente, os canis de pet shop, clínicas veterinárias, abrigo de animais, hospitais veterinários e os que estão sob a administração pública devem obrigatoriamente utilzar telas do tipo malha fina, com objetivo de evitar a entrada de flebotomíneos e conseqüentemente a redução do contato com os cães.

» Coleiras Impregnadas com Deltametrina a 4%
Em condições experimentais, diversos trabalhos demonstraram a eficácia na utilização de coleiras impregnadas com deltametrina 4% como medida de proteção individual para os cães contra picadas de flebotomíneos.

>> Dirigidas ao vetor

>> Saneamento ambiental

O controle da transmissão urbana da LV é laborioso e de resultados nem sempre satisfatórios a partir de uma única aplicação residual de inseticida. Portanto, outras medidas mais permanentes são indicadas tais como:
» Remover freqüentemente matéria orgânica de qualquer tipo: folhas, frutos, galhos, troncos apodrecidos, fezes de animais. Ensacar e dar destino adequado;
» Realizar capina de mato rasteiro e aparar gramados;
»Realizar poda de árvores e arbustos para redução do sombreamento e da umidade excessiva do solo;
»Embalar o lixo e dar destino adequado;
» Evitar a produção e armazenamento de adubo orgânico (esterco, folhas restos de vegetais) em área urbana. Se não for possível, cobri-lo com camada de terra, cal ou lona plástica;
» Na necessidade de uso do adubo orgânico em hortas, pomares ou jardins, cobri-lo com camada de terra ou cal;
» Evitar alojamento de animais próximos ao domicílio como canis, galinheiro, entre outros, pois oferecem abrigo e alimento ao inseto transmissor;
» Realizar limpeza de lotes vagos com capina, poda e retirada de entulhos e lixo.

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