Pergunta do leitor: Ainda me resta uma dúvida sobre a doença. Um amigo meu tem uma cadela da raça Boxer com a doença confirmada à alguns dias. Nós já estamos tratando da cadela e pelo texto postado estamos no caminho certo.
Eu tenho três cachorros de porte pequeno que costumava levar para brincar com a Lara e após a doença dela ser confirmada eu parei de levá-los com medo dela transmitir a doença para eles.
A minha atitude está certa ou eles não correm nenhum risco de brincar com ela? Eles e ela sentem falta pois isso ocorria quase que diariamente.
Resposta: A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença infecciosa não contagiosa. A única forma de transmissão da doença é pela picada do mosquito flebótomo, que ao picar o homem e o animal, pode inocular protozoários do gênero Leishmania.
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. e não por contato com animais ou pessoas portadoras do protozoário.
Por isso você não está expondo seu cão em risco ao deixá-lo brincar com cães portadores de leishmaniose. A forma mais eficiente de irradicação da doença seria eliminar o mosquito agente transmissor da leishmaniose. No entanto, isso não é fácil e obrigaria a um esforço conjugado com as autoridades através de uma desinfecção do território através das pulverizações tradicionais com insecticidas. Enquanto isso, o que você deve fazer para prevenir a doença é:
- Evitar passeios e acampamentos em áreas muito próximas à mata, lixões e locais onde possam haver focos do mosquito;
- Fazer dedetização na residência com produtos a base de deltametrina;
- Utilizar repelentes a base de citronela ou neem no ambiente onde seu cão vive;
- Usar telas protetoras em janelas e portas dos canis;
- Vacinar cães com exame negativo para doença. Já existem duas vacinas no mercado> Leishmune e Leistech
- Utilização de coleiras impregnadas de deltametrina, tal como é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A coleira Scalibor® é a única coleira impregnada de deltametrina atualmente disponível.
- Existem outras alternativas disponíveis, nomeadamente de pipetas “spot on” anti-parasitárias a base de permetrina (Pulvex spot®- Schering, Advantix®-Bayer), “spray” (Biokill®) e coleiras anti-parasitárias à base de plantas repelentes como a citronela.
- Manutenção do seu cão dentro de casa desde o entardecer até o amanhecer.
- Assegurar um bom estado de saúde do animal, para proteger o seu sistema imunitário. Uma boa alimentação, a vacinação e a desparasitação regulares são outras medidas de prevenção que ajudam o seu cão.
- Todos os animais doentes, em tratamento, ou que tenham recuperado de um episódio da doença, devem ser protegidos das picadas dos insetos. Estudos comprovam que em animais doentes e nos quais foram colocados coleiras protetoras, os sinais clínicos são em menor número e evoluem mais lentamente.
Já publicamos no Blog várias dicas de prevenção:
http://acaixadepanboris.blogspot.com/2009/10/dicas-do-blog.html
http://acaixadepanboris.blogspot.com/2009/06/informe-se.html
http://acaixadepanboris.blogspot.com/2009/08/prevencao-controle-e-historia-da.html
http://acaixadepanboris.blogspot.com/2009/08/o-blog-recomenda-proprietarios-atentos.html
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